Ali Farka Touré nasceu em 1939 em Gourmararusse (na região de Timbuktu), Mali, em uma família nobre. Sendo de origem nobre, ele nunca deveria ser músico. Sua família, portanto, reprovava a sua inclinação artística, levando-se ainda em consideração que a profissão de músico era normalmente herdada no Mali. Mas não houve que o impedisse, tamanha era sua vontade e inclinação.
Ele começou a tocar aos dez anos, mas só aos 17 pode ter sua própria guitarra. Em 1950 ele começou a tocar gurkel, uma única seqüência africana que ele escolheu por causa de seu poder de atrair os espíritos. Ele também aprendeu sozinho a Njarka, um violino de corda única que é hoje uma parte popular do seu desempenho. Então, em 1956, Ali Farka Toure viu a performance do grande guitarrista guineense Keita Fodeba em Bamako. Ele ficou tão emocionado que decidiu então se tornar um guitarrista profissional. Foi um autodidata e adaptou canções tradicionais usando as técnicas que tinha aprendido na gurkel.
Durante uma visita a Bamako, no final dos anos 1960, artistas como Ray Charles, Otis Redding e, sobretudo, John Lee Hooker e Ali Farka Toure introduziram ali a música Afro-americanoa. A princípio, ele pensou que Hooker estava tocando a música do Mali, mas depois percebieu que essa música que vem da América tinha profundas raízes Africanas. Ali Farka Toure também foi inspirado pela força interpretativa de Hooker e daí começou a incorporar elementos de Hooker em sua própria performance.
Ali Farka Toure também foi engenheiro de som, uma profissão que praticou até 1980, quando ele tinha guardado dinheiro suficiente para se tornar um agricultor. Sua carreira se iniciou na França em 1976 e durante anos ele seguiu uma carreira de sucesso na África Ocidental, adaptando canções tradicionais e ritmos em dez línguas da enorme riqueza cultural do Mali. Esta carreira foi combinada com uma vida enraizada na sua aldeia. Embora fazendo muitas turnês na África e ocasionalmente também na Europa e América, Toure preferiu a segurança de sua vida na aldeia, junto à família e amigos, colheitas e gado.
Ali Farka Toure morreu 7 de março de 2006, de câncer ósseo.
FAIXAS
1. Goye Kur
2. Inchana Massina
3. Roucky
4. Dofana